Com gols de Rhodolfo e Jean, Tricolor faz 2 a 0 no São Caetano, vai aos 22 pontos e deixa o Palmeiras para trás na tabela do Campeonato Paulista
Foi suado, sofrido. No primeiro tempo, superior ao seu adversário, o São Paulo criou várias chances, mas a bola parecia não querer entrar. Quando os tricolores acertavam o alvo, paravam no goleiro Luiz, do São Caetano. Na etapa complementar, com mudanças eficientes de Paulo César Carpegiani e muita velocidade em campo, o time encurralou o rival - com gols de Rhodolfo, de cabeça, com direito a cambalhota na comemoração, e Jean, após cobrança de falta de Rogério Ceni no travessão - e conseguiu justa vitória por 2 a 0, em partida realizada no estádio Anacleto Campanella na noite deste sábado.
Com o triunfo, a equipe aproveitou o tropeço do Palmeiras, que ficou no empate com o Santo André em casa, e subiu um degrau na tabela de classificação, passando para a terceira colocação, com 22 pontos, três a menos do que o líder Corinthians. Já o São Caetano ficou em 12º, com 12 pontos. As duas equipes voltarão a campo no meio da semana. Na quarta-feira, o São Caetano irá até Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo, no estádio Santa Cruz, às 17h. No dia seguinte, o Tricolor receberá a visita do Ituano, às 21h50m, no Morumbi.
Melhor no primeiro tempo, Tricolor para em Luiz
Como anunciado por Carpegiani, o São Paulo iniciou o jogo no esquema 4-4-2, com o zagueiro Luiz Eduardo fazendo o papel de falso lateral pela esquerda. A ideia com isso era colocar Juan bem aberto para formar uma dupla com Lucas e assim explorar as subidas de Artur pelo lado direito do Azulão. Pelo meio, com Rodrigo Souto mais fixo atrás, Casemiro ganhou liberdade para subir ao ataque. Na direita, Dagoberto se movimentava para fugir da marcação de Bruno Recife, com Willian José servindo como referência para tabelas e jogadas de ultrapassagem.
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A estratégia montada funcionou bem nos primeiros 20 minutos, quando o São Paulo criou três boas chances. Aos oito, após cobrança de escanteio de Dagoberto pela direita, Willian José cabeceou por cima. Aos 17, Casemiro arrancou pelo meio, superou por dois marcadores e chutou de pé esquerdo, obrigando Luiz a fazer boa defesa. Quatro minutos depois, na melhor chance até então, Willian José deu bom passe para Dagoberto, que disparou uma bomba de fora da área. O goleiro do São Caetano trabalhou em dois tempos e evitou o gol.
Aos 25, o São Caetano, que até então só assistia ao Tricolor, começou a equilibrar a partida. Primeiro chegou com perigo em uma subida de Artur, que passou por Luiz Eduardo e, mesmo sem ângulo, chutou no alto, obrigando Rogério Ceni a espalmar para escanteio. Três minutos depois, Aílton enfiou na área para Luciano Mandi, que só não marcou porque Rogério Ceni saiu do gol e afastou o perigo com os pés.
Percebendo que o time perdia terreno, Carpegiani manteve o 4-4-2, mas inverteu o posicionamento defensivo. Luiz Eduardo saiu da esquerda e foi para a direita. A ideia, com isso, era dar mais liberdade a Jean e tentar fugir da forte marcação adversária. Jean ganhou liberdade para apoiar, mas não levou perigo porque faltou um companheiro no setor. Dagoberto, bem marcado, chegou a vir buscar jogo na intermediária para tentar criar algo, mas não teve sucesso. Como o São Caetano também perdeu terreno ofensivo, o jogo caiu de rendimento.
O São Paulo voltou a assustar aos 34, quando Dagoberto cobrou falta, a bola bateu na barreira e sobrou na esquerda para Lucas, que invadiu a área e bateu no canto direito de Luiz. O goleiro fez bela defesa com os pés, no último lance de perigo do primeiro tempo.
Etapa complementar
O São Paulo voltou para o segundo tempo com nova inversão de jogadores em campo. Lucas passou a jogar pela direita para formar dupla com Jean. Dagoberto foi para a esquerda e Willian José ficou mais centralizado. Para manter a força do time pela esquerda, Carpegiani sacou Casemiro e colocou Marlos aberto quase como um ponta.
O São Paulo tinha o domínio da partida, chegava com facilidade até a entrada da área, mas falhava no último passe. O goleiro Luiz, que trabalhou bastante no primeiro tempo, era um mero espectador da partida. Carpegiani, impaciente, mexeu novamente na equipe, colocando Ilsinho na vaga de Juan. O camisa 77 entrou aberto pela direita, na vaga que era de Lucas, que mudou pela terceira vez de posicionamento em campo, passando a atuar no meio. Aos 22, na primeira boa jogada criada, o gol só não saiu porque Jean Rolt travou Marlos na hora do chute, após bela jogada do meia pela esquerda.
Dois minutos depois, o camisa 11 fez grande jogada pela esquerda e deu de bandeja para Dagoberto, que bateu fraco, cruzado, facilitando as coisas para o goleiro do São Caetano. Aos 27, o camisa 25 recebeu de Ilsinho pela direita e tocou na medida para Jean, que dentro da área bateu à direita do gol adversário, perdendo grande chance. Percebendo o crescimento do adversário, o técnico Ademir Fonseca reforçou a marcação, com a entrada de Kleber no lugar de Souza. De nada adiantou. Aos 29, Marlos cobrou falta pela direita na cabeça de Rhodolfo, que testou no canto direito de Luiz: 1 a 0 no marcador e festa da torcida são-paulina, maioria absoluta no estádio Anacleto Campanella.
Azulão chega e Rogério faz milagre
Em desvantagem, o São Caetano fez duas alterações na equipe. O técnico Ademir Fonseca colocou Walter Minhoca e Eduardo nas vagas dos apagados Aílton e Luciano Mandi. O time teve uma grande chance para marcar aos 36. Após cruzamento da esquerda, Eduardo testou no canto esquerdo de Rogério Ceni, que fez defesa espetacular. A resposta são-paulina foi imediata. Três minutos depois, Willian José ajeitou para Dagoberto, que chutou de pé esquerdo. A bola desviou em Anderson Marques e só não entrou porque Luiz fez um milagre. Já nos acréscimos, Rogério Ceni cobrou falta no travessão. Na sobra, Jean, de cabeça, fechou o placar: 2 a 0.