domingo, 30 de janeiro de 2011

Eficiente, Santos vence o São Paulo e reassume a ponta do Paulistão


São Paulo dominou o jogo, cercou o Santos, finalizou mais (17 a 10) mas não conseguiu aproveitar as chances. O Peixe, por sua vez, foi fatal

por Adilson Barros
O São Paulo foi melhor. Dominou o jogo, criou chances, rondou a área do Santos a todo o momento, finalizou mais: 17 a 10. No entanto, no futebol, eficiência conta muito. Demais. Por isso, quem venceu o clássico San-São, neste domingo, na Arena Barueri, foi o Peixe: 2 a 0. E o Alvinegro venceu porque foi mais eficiente. Não teve tantas chances de gol, quanto o adversário. Mas quando elas foram criadas, não houve desperdício. Com o resultado, a equipe da Vila Belmiro retoma a liderança do Paulistão, com 13 pontos. O Tricolor cai para o quinto lugar, com nove. Elano abriu o placar e chegou a cinco gols no estadual. Maikon, que completou a vitória, também tem cinco. Ambos são os artilheiros da competição
Elano artilheiro
Bem a seu estilo, o Santos começou veloz, explorando as descidas de Maikon Leite à direita. O meia Róbson, com intensa movimentação, conseguia se livrar da marcação dos volantes são-paulinos e era visto por todos os lados do campo. Aos 10 minutos, essa mobilidade alvinegra confundiu a defesa são-paulina. Róbson recebeu pela direita e, de pé esquerdo, achou Elano, que entrava pela área sem ser percebido pelos tricolores. O meia só escorou de cabeça, para o chão, sem chance para Rogério Ceni.
Aos poucos, o São Paulo retomou o domínio da posse de bola e, consequentemente, do jogo. À medida que a chuva engrossava, a equipe do Morumbi ampliava sua superioridade. Pela esquerda, Juan e Fernandinho confundiam a marcação santista, Pará, que não sabia para onde correr, era facilmente envolvido. Para tentar resolver isso, Adilson Batista fez uma inversão. Passou o ala para o meio, e deslocou Adriano, que marca melhor, para fazer as vezes de lateral-direito.
O Tricolor, no entanto, não conseguiu transformar seu melhor posicionamento em chances muito claras de gol. A não ser por uma, aos 38, quando Dagoberto cobrou falta da esquerda e Rafael deixou a bola escapar. Ela ultrapassou a linha, mas o gol foi anulado por impedimento: a zaga alvinegra saiu rápido e deixou o ataque são-paulino todo adiantado.
O Santos, mais preso à marcação, passou a viver de chutões na direção de Maikon Leite ou Keirrison, que foram anulados pelos zagueiros adversários.
São Paulo aperta, mas Santos garante vitória

O São Paulo voltou ainda melhor para os segundo tempo. Posse de bola, posicionamento correto, marcação precisa. O Santos não passava do meio de campo. Fernandinho continuava deitando e rolando pelo lado esquerdo, confundindo a marcação santista. O problema é que o Tricolor, mais uma vez, tinha dificuldades para criar aquela chance mais efetiva. Rondava a área, até invadia o espaço defendido por Rafael. Só que o passe final nunca achava um pé são-paulino.
Quando isso aconteceu, faltou sorte. Aos 5, Dagoberto cruzou da direita e Fernandão tentou de virada. A bola passou perto da trave esquerda. Aos 25, Juan lançou da esquerda e Jean apareceu sozinho na direita. Ele escorou de chapa, pé direito. A bola foi na trave.
O Santos parecia morto. Só parecia. Maikon Leite não havia acertado nenhum lance em toda a partida. Apagado, isolado na ponta direita, facilmente desarmado pelos zagueiros são-paulinos. De repente, aos 28 minutos, Elano recebeu na intermediária. Ajeitou, tomou distância. Miranda, em vez de correr para tentar abafar o chute iminente, ficou só olhando. O tiro saiu forte e rasteiro. Rogério Ceni espalmou no pé de Maikon, que só empurrou para o gol.

Ao final da partida, a torcida santista, empolgada, ainda teve tempo de gritar olé.
Próximos jogos
O Santos volta a campo na próxima quarta-feira. Irá enfrentar a Ponte Preta, às 19h30m, em Campinas. Já o São Paulo joga quinta, contra o Linense, também às 19h30m, no Morumbi.
SANTOS 2 X 0 SÃO PAULO
Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano (Bruno Rodrigo), Possebon (Anderson Carvalho), Elano e Róbson (Felipe Anderson); Maikon Leite e KeirrisonRogério Ceni; Jean, Xandão, Miranda e Juan (Luiz Eduardo); Rodrigo Souto, Zé Vítor (Marlos), Carlinhos Paraíba e Fernandinho; Dagoberto (Marcelinho Paraíba) e Fernandão
Técnico: Adilson BatistaTécnico: Paulo César Carpegiani
Gols: Elano, aos 10 minutos do primeiro tempo; Maikon Leite, 28 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Carlinhos Paraíba, Marlos (São Paulo), Pará, Elano (Santos)
Público e renda: 9.334 pagantes/ R$ 213.960,00
Local: Arena Barueri, em Barueri (SP). Data: 30/1/2011. Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho. Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Anderson Jose de Moraes Coelho. Assistentes adicionais: Jose Claudio Rocha Filho e Rodrigo Braghetto

Nenhum comentário:

Postar um comentário